Foto: Reprodução/Feam
Iniciativa visa que os órgãos possam elaborar planos para gerenciamento e redução das emissões dos gases
Considerando a necessidade de adoção de práticas e políticas que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) por parte das instituições governamentais, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) lançou um guia para que os órgãos integrantes do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais possam entender e gerenciar suas próprias emissões.
O "Guia Simplificado para Gestão de Gases de Efeito Estufa para Organizações Públicas: Elaboração de Inventários Organizacionais de Gases de Efeito Estufa" foi apresentado durante a 31ª Reunião Ordinária da Câmara de Políticas de Energia e Mudanças Climáticas (CEM) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
O inventário refere-se à estimativa de emissões de responsabilidade direta ou indireta da instituição. Entra na contabilização de emissões associadas às suas atividades, tais quais consumo de combustíveis da frota, eletricidade, deslocamento de funcionários, viagens, entre outros.
A iniciativa visa, ainda, que os órgãos possam elaborar planos para gerenciamento e redução das emissões dos gases de efeito estufa. "O setor público tem a responsabilidade de liderar pelo exemplo, adotando práticas e políticas que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e mitigação das mudanças climáticas. A redução das próprias emissões de GEE diretas por parte das instituições governamentais é um passo fundamental nesse processo", ressalta o coordenador do Núcleo de Sustentabilidade, Energia e Mudanças Climáticas da Feam, Alessandro Campos.
Passo a passo
O guia oferece uma abordagem passo-a-passo para a contabilidade das emissões organizacionais de gases de efeito estufa, incluindo ferramentas e recursos para identificação de fontes e um protocolo confiável para realizar as estimativas de emissões.
Ele propõe uma abordagem padronizada, robusta e reconhecida, fornecendo consistência técnica para simplificar o processo e reduzir os custos, ampliar a transparência na contabilização e fornecer às organizações informações para a construção de uma estratégia eficaz para gestão e redução das emissões de GEE.
A contabilização é dividida em três escopos. No primeiro, estão as emissões diretas, de fontes de propriedade ou controladas pela organização, como a queima de combustiveis em instalações, frotas de veículos e processos industriais. No segundo, estão as emissões indiretas, como o consumo de eletricidade, vapor e calor.
O terceiro é resultante das atividades da organização, mas que ocorrem em fontes que não são de propriedade ou controladas diretamente por ela, como a cadeia de suprimentos, transporte de produtos e disposição de resíduos.
Emissões na Feam
Em 2022 as emissões organizacionais da Feam totalizaram 188,3 toneladas de CO2 equivalente, estimadas segundo as diretrizes do Guia. Destas, 40% estão no escopo 1, 2% no escopo 2 e 58% no escopo 3. "Comparando os dados de 2019 a 2022, a gente teve uma redução de 204 toneladas ao ano de gases de efeito estufa referente à mudança da modalidade de trabalho dos servidores", destaca.
O guia completo pode ser acessado clicando aqui.
Luiz Fernando Motta
Ascom/Sisema
