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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Minas Gerais é o único estado da América do Sul a participar da Cúpula de Ação Climática da ONU, em Nova Iorque

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Foto: Leonardo Rodrigues/Semad

Zema Onu MAT

Estratégias para enfrentamento às mudanças do clima levaram o Estado a ser um dos dez governos subnacionais convidados a participar do evento

 

O trabalho desenvolvido pelo Governo de Minas na prevenção e na redução dos efeitos das mudanças climáticas levou o Estado a ser o único da América do Sul a participar da Cúpula de Ação Climática, nesta quarta-feira (20/9), em Nova Iorque (EUA). O evento - maior reconhecimento na agenda climática em escala global - faz parte da programação de alto nível da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. A data também marcou a participação inédita de um chefe de Executivo estadual brasileiro - Romeu Zema - na história da agenda organizada pela ONU.

 

Pela primeira vez em 78 anos, a Cúpula convidou governos subnacionais para o debate, o que antes ficava restrito aos chefes máximos de Estado dos países. Minas Gerais está entre os dez subnacionais que mais se destacaram na agenda climática mundial e, por isso, teve presença garantida no encontro para acelerar o ritmo e a escala de uma transição justa para uma economia global mais equitativa, baseada em energias renováveis e resiliente ao clima.

 

Após o evento, Zema reafirmou os princípios de moderação, respeito às divergências e de conciliação, adotados nesta gestão, como uma maneira de viabilizar o crescimento sustentável para todos. “Todas as decisões sobre meio ambiente em meu governo têm sido construídas dessa mesma forma, com base no diálogo, nas boas relações e sempre observando e respeitando as diferenças. Sem imposições, sem radicalismos e sem extremismos. Afinal, eles servem apenas para dividir”, disse.

 

O governador também destacou a colaboração indispensável de todo o setor produtivo (indústria, comércio, serviços, agropecuária, entre outros exemplos) para a consolidação de um plano de governo representativo e alinhado às questões e temáticas tratadas nacional e mundialmente.

“A muitas mãos, elaboramos caminhos para conciliarmos sustentabilidade e conservação do meio ambiente com desenvolvimento econômico, para gerar empregos e renda, e garantir liberdade e dignidade aos mineiros. E é por isso que, hoje, estamos aqui como único Estado da América do Sul neste painel”, comemorou.

 

Mitigação

 

Zema ressaltou que, em Minas Gerais, setor público e iniciativa privada trabalham juntos para mitigar e reduzir os efeitos das mudanças climáticas, com o intuito de ajudar o planeta Terra nesta transição, rumo a uma economia global baseada em energias renováveis e com dignidade para todos.

Como parte desse compromisso com a transformação, por exemplo, o Governo de Minas foi o primeiro Estado da América Latina e Caribe a aderir à Campanha Race to Zero para zerar emissões líquidas de carbono até 2050. “Definimos, nesta trajetória de descarbonização, metas para os anos de 2025, 2030 e 2035, dentro de nosso Plano Estadual de Ação Climática. Desde a adesão ao Race To Zero, formalizamos 80 projetos relacionados à economia verde no Estado”, explicou.

 

Economia verde

 

Atrair continuamente investimentos em tecnologias voltadas à descarbonização da economia mineira é outra responsabilidade assumida pelo Estado em direção a uma economia global mais verde.

 

“O compromisso com a sustentabilidade não pode esperar. Neste ano, já estive nos Estados Unidos e, em reunião com a empresa Boston Metal, fechamos investimento de pouco mais de US$ 100 milhões para construção de uma unidade produtora de aço verde. Nessa usina de tecnologia de ponta, aproveitaremos os rejeitos de minério para produzir metais e ligas. Tudo isso utilizando energia elétrica verde, renovável, sem a emissão de gases de efeito estufa”, lembrou.

 

Outro destaque de Minas Gerais é o projeto Vale do Lítio, também anunciado em missão anterior nos EUA. Uma das regiões mais carentes do Estado, o Vale do Jequitinhonha agora se transformou no 'Vale da Esperança', com a chegada de empresas que extraem o lítio, o mineral da transição energética, essencial para a fabricação de baterias para o carro elétrico, por exemplo.

 

Na última semana, em série de compromissos na Itália, o Governo de Minas também firmou compromisso com a empresa Stellantis, que se comprometeu a investir mais de US$ 1,5 bilhão na criação de produtos e sistemas com foco no desenvolvimento de tecnologias híbridas e elétricas de propulsão. O objetivo é a redução das emissões de gases de efeito estufa e a descarbonização da produção.

 

Ainda na Europa, o governador anunciou acordo com a empresa de energia Asja para investir US$ 30 milhões na construção de uma planta de alta tecnologia no estado. O objetivo é transformar resíduos urbanos em biometano, um gás natural renovável que pode ser usado em diversas aplicações, desde mobilidade urbana até nas indústrias de grande porte. A usina vai contribuir para que Minas Gerais amplie ainda mais sua liderança na produção de energia renovável.

 

Vale ressaltar, também, o engajamento do Estado na eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o protagonismo na produção e geração de energia limpa. Não por acaso, Minas alcançou a marca de 99,5% da matriz energética vinda de fontes renováveis, como hidrelétrica, solar, eólica e biomassa.

 

“Somos o primeiro estado brasileiro a superar a marca de 6 GW de geração de energia solar em operação. Geramos um quinto da energia solar em todo o país. Todas as nossas 853 cidades em Minas Gerais têm módulos fotovoltaicos geradores de energia solar”, destacou o governador.

 

Fiscalização

 

O território mineiro concentra a maior área de floresta plantada do Brasil, com 2,3 milhões de hectares e mais 1,3 milhão de áreas conservadas pela indústria florestal. Somada, esta área preservada no estado representa mais de três cidades de Nova Iorque inteiras. Essas florestas estocam 419 milhões de toneladas de CO2, o que equivale a neutralizar as emissões anuais de mais de 116 milhões de veículos movidos a gasolina. Minas Gerais possui, hoje, 33% do seu território coberto por vegetação nativa.

 

Para garantir a preservação e conservação dessas áreas, o Governo de Minas mantém inspeções frequentes. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram realizadas 5.251 fiscalizações, o que representa uma ação a cada hora contra o desmatamento ilegal. São medidas que dão resultados: em relação ao mesmo período do ano passsado, as áreas desmatadas diminuíram em até 40%.

 

Combustíveis fósseis

 

O governador também participou, nessa terça-feira (19/9), de uma agenda na Semana do Clima de Nova Iorque para discutir a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis. O tema está diretamente ligado à meta global de zerar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050.

 

“Foi discutido, principalmente, as dificuldades que os países enfrentam com relação a substituição do combustível fóssil. Muitas empresas, hoje, dependem deste tipo matriz energética, o que significa um grande obstáculo. Isso torna clara a necessidade de desenvolvermos uma energia limpa competitiva. Com as diversas iniciativas em prática, Minas Gerais já dá o exemplo de um Estado responsável”, explicou.

 

Também presente no encontro, o secretário adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Leonardo Monteiro Rodrigues, afirmou que o assento de Minas no encontro demonstra o quanto o estado está se desenvolvendo em relação às ações climáticas, desde a adesão à campanha Race to Zero.

 

“O protagonismo de Minas Gerais passou a ser reconhecido mundialmente. Já passou da hora de várias nações terem medidas mais efetivas em relação à preservação do meio ambiente. Minas Gerais, sob a liderança do governador Romeu Zema, é um estado cada vez mais alinhado a essa pauta, colocando em prática ações de maior efetividade”, avaliou.

 

Agência Minas

 

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